Chargeback no E-commerce: Como Evitar Fraudes em 2025 [Atualizado]

Chargeback no E-commerce

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De incío, o comércio eletrônico se tornou uma parte essencial da nossa vida cotidiana. Cada vez mais pessoas optam por fazer suas compras online, aproveitando a comodidade e a variedade de produtos disponíveis. No entanto, essa praticidade também traz consigo alguns desafios, e um deles é o chargeback. Neste artigo, discutiremos o que é o chargeback no e-commerce, como evitá-lo e como lidar com reembolsos em transações online.

Chargeback no E-commerce é uma das principais dores de cabeça enfrentadas por lojistas digitais. Trata-se do cancelamento de uma transação pelo comprador diretamente com a operadora do cartão, normalmente sob a justificativa de fraude ou desacordo comercial. Em 2025, com o crescimento do comércio eletrônico e o aumento dos pagamentos digitais, é fundamental que o lojista compreenda como o chargeback funciona e, principalmente, como preveni-lo.

Neste guia completo, vamos mostrar como o chargeback no e-commerce impacta a saúde financeira do seu negócio, quais são as principais causas, como evitá-lo na prática e o que fazer caso ocorra.

O que é o Chargeback?

O chargeback ocorre quando o titular do cartão contesta uma compra e solicita o estorno diretamente à operadora ou ao banco emissor. Isso pode gerar prejuízos ao lojista, que perde o valor da venda e ainda pode pagar taxas adicionais.

  • Motivos comuns de chargeback:
    • Fraude: uso indevido do cartão por terceiros;
    • Produto não recebido ou divergente;
    • Desacordo comercial sobre o serviço prestado;
    • Cancelamento da compra pelo cliente sem retorno da loja;
  • Consequências para o lojista:
    • Perda do valor da venda;
    • Taxas cobradas pelas adquirentes;
    • Risco de bloqueio pela operadora se houver excesso de contestações.

Como o Chargeback afeta o E-commerce em 2025

O cenário atual exige cada vez mais atenção dos empreendedores virtuais. Em tempos de alta competitividade e margens apertadas, o impacto de múltiplos chargebacks pode ser decisivo para a saúde financeira da loja.

  • Aumento de fraudes por engenharia social;
  • Consumidores mais exigentes e protegidos por legislações como o CDC e a LGPD;
  • Novas regulamentações do Banco Central sobre pagamentos digitais;
  • Plataformas de pagamento mais rígidas com os lojistas que acumulam reclamações e estornos.

Portanto, saber como prevenir e gerenciar o chargeback no e-commerce é hoje um diferencial estratégico.

Como evitar o Chargeback: boas práticas

Prevenir é sempre mais eficiente do que remediar, especialmente quando se trata de transações financeiras online. Por isso, adotar uma série de boas práticas no dia a dia da operação é fundamental para minimizar o risco de chargeback no e-commerce.

Veja abaixo as estratégias mais eficazes e como aplicá-las:

  • Utilize intermediadores de pagamento confiáveis, com histórico consolidado e sistemas robustos de detecção automática de fraudes;
  • Implemente autenticação em dois fatores (como o 3D Secure), obrigando o comprador a validar a transação em tempo real com seu banco;
  • Solicite o máximo de informações possíveis na finalização da compra, como CPF, endereço completo, telefone e e-mail válido, facilitando a identificação do comprador;
  • Mantenha registro de todas as etapas da venda, incluindo a confirmação do pedido, a emissão da nota fiscal e o rastreamento da entrega — esses documentos são essenciais para contestar estornos indevidos;
  • Estabeleça políticas claras de troca, devolução e cancelamento, apresentadas de forma visível no site e durante o processo de checkout;
  • Capacite sua equipe de atendimento para interagir com clientes de forma proativa, solucionando dúvidas e evitando conflitos que possam motivar contestações;
  • Revise periodicamente os termos de uso e a política de privacidade, garantindo que estejam atualizados conforme a legislação vigente e refletindo as práticas reais da empresa.

Ao integrar todas essas ações ao fluxo operacional, sua loja virtual fortalece não apenas a segurança das transações, mas também a confiança do consumidor. A prevenção ao chargeback passa por uma cultura empresarial de responsabilidade, transparência e profissionalismo.

O que fazer quando ocorrer um Chargeback?

Mesmo com todos os cuidados, o chargeback pode acontecer. A forma como o lojista responde pode fazer toda a diferença.

  • Reúna todas as provas da transação: nota fiscal, confirmação de entrega, prints de conversa, etc.;
  • Entre em contato com a operadora do cartão ou com o gateway de pagamento o quanto antes;
  • Apresente sua contestação com argumentação clara e documentada;
  • Monitore a evolução do caso com atenção e registre todos os protocolos;
  • Consulte um advogado especializado se o volume de contestações for elevado.

Ter um processo interno bem estruturado aumenta as chances de reversão do estorno.

Mas será que as administradoras estão prontas para intermediar seus ganhos?

Conceito

De forma geral, o chargeback é acionado quando um consumidor cancela uma compra feita no cartão de crédito e comunica a operadora. Caso essa operadora identifique inconsistências ou indícios de fraude, o valor da transação é estornado automaticamente ao cliente. Esse processo, embora necessário para proteger os consumidores, também levanta dúvidas sobre a robustez dos sistemas de segurança das administradoras.

Consequência

Quando a contestação ocorre após o envio da mercadoria, o prejuízo é significativo para o lojista. Isso porque ele não apenas deixa de receber o pagamento, como também arca com o custo do produto enviado. O impacto é ainda maior para pequenos e médios empreendedores, que não contam com margens elevadas para absorver essas perdas. Em resumo:

  • O comerciante arca com o valor da venda;
  • Perde o produto enviado;
  • Ainda pode sofrer penalizações adicionais por parte da operadora.

Questionamentos Relevantes

  • Transferência de Riscos: É justo que o comerciante seja o responsável pelo prejuízo, mesmo quando o erro ou falha ocorreu na etapa de verificação da operadora?
  • Desequilíbrio Contratual: Os contratos com intermediadores financeiros favorecem desproporcionalmente os consumidores e as administradoras, deixando o lojista vulnerável e muitas vezes sem recursos legais eficazes para reverter a situação?

Esses questionamentos precisam ser considerados tanto por empreendedores quanto por seus assessores jurídicos na hora de definir políticas comerciais e escolher plataformas de pagamento.

Como a assessoria jurídica pode ajudar?

Contar com suporte jurídico especializado pode ser o diferencial entre o prejuízo e a solução.

  • Revisão de contratos com gateways de pagamento e adquirentes;
  • Adequação às normas da LGPD, reduzindo exposição a contestações indevidas;
  • Elaboração de políticas e termos bem redigidos, com validade legal;
  • Atuação em processos judiciais ou administrativos relacionados a chargebacks;
  • Orientação preventiva para evitar reincidências e penalidades.

Essas medidas fortalecem a base legal do seu negócio.

Exemplo prático

Imagine um e-commerce de moda que envia um pedido via Correios com código de rastreio. O cliente alega não ter recebido e aciona o banco para o estorno. A loja apresenta o comprovante de entrega, a nota fiscal e o protocolo de atendimento com o cliente. Resultado: a contestação é revertida e o valor da venda é mantido.

Com a ajuda jurídica, a empresa ainda atualizou seus termos e passou a exigir confirmação por SMS para pedidos de alto valor.

É necessário estar sempre atento

Em outras palavras, no que diz respeito fraudes não existe apenas o Chargeback no E-commerce. A medida que as vendas online tiveram um aumento considerável, infelizmente também cresceu a quantidade de golpes. Esses golpes ocorrem muitas vezes por meio da utilização de cartões de terceiros, obtidos por meio de roubo ou clonagem.

É importante não confundir Chargeback com Direito de Arrependimento

Garantido no artigo 49 do CDC (Código de Defesa do Consumidor), o Direito de Arrependimento possui prazo de 7 dias após o recebimento da encomenda. Por outro lado, o Chargeback no E-commerce é a solicitação de cancelamento que o consumidor faz por não identificar uma compra ou quando há duplicidade por exemplo.

Nesse sentido, a diferença fica por conta do motivo para o cancelamento. No Direito de Arrependimento não há necessidade, já no Chargeback deve haver uma causa que legitime o pedido.

Dicas complementares

Mantenha-se Atualizado com as Políticas de Chargeback

As políticas de chargeback podem variar de acordo com a instituição financeira e as bandeiras dos cartões de crédito. É essencial que os lojistas online estejam atualizados com as diretrizes e os requisitos específicos de cada emissor de cartão. Isso inclui entender os prazos para responder a uma disputa de chargeback e fornecer as informações necessárias para contestar a solicitação. Ao estar bem informado, você pode agir de maneira mais eficaz e aumentar suas chances de reverter disputas injustificadas.

Monitore Indicadores de Risco e Fraude

Além de implementar medidas de segurança, é importante monitorar de perto os indicadores de risco e possíveis atividades fraudulentas em seu site de e-commerce. Ferramentas de análise de dados e detecção de padrões podem ajudar a identificar transações suspeitas ou comportamentos incomuns. Ao estar atento a esses sinais, você pode agir rapidamente para prevenir fraudes, reduzir o número de chargebacks e proteger seus negócios.

Invista em um Processo de Devolução Eficiente

Embora o objetivo seja evitar chargebacks, é inevitável que, em certos casos, o cliente tenha motivos legítimos para solicitar um reembolso. Nesses casos, é importante ter um processo de devolução eficiente e amigável ao cliente. Facilite a devolução de produtos, ofereça opções de reembolso ou crédito e busque soluções alternativas para atender às expectativas dos clientes insatisfeitos. Um processo de devolução suave e sem complicações pode ajudar a evitar disputas desnecessárias de chargeback.

A Importância da Análise e Otimização Contínuas

O e-commerce é um ambiente dinâmico, e o gerenciamento de chargebacks é um processo contínuo. É importante realizar análises regulares dos dados relacionados a chargebacks, identificando tendências, pontos fracos e áreas de melhoria. Com base nessas análises, faça ajustes em suas estratégias de prevenção, atendimento ao cliente e segurança. A otimização contínua ajudará a reduzir o número de chargebacks e aprimorar a experiência do cliente em seu site.

Conclusão

Por fim, o chargeback no e-commerce pode ser uma dor de cabeça para os lojistas online, mas existem medidas que podem ser tomadas para evitá-lo e lidar com reembolsos e disputas de forma eficiente. Ao oferecer informações detalhadas, implementar medidas de segurança, fornecer um bom atendimento ao cliente e manter registros completos das transações, você pode reduzir o risco de chargebacks e proteger seu negócio online.

Ou seja, lembre-se sempre de aprender com as disputas e buscar constantemente melhorias em seus processos. Em caso de problemas com o tema, nosso escritório encontra-se à disposição para tirar suas dúvidas e auxiliar no que for necessário. Somos especialistas em assessoria jurídica e tributária para e-commerce.

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